As melhores sorveterias artesanais de São José dos Campos

Porque escolher os sorvetes artesanais? O sorvete artesanal passa por menos etapas de processamento industrial, evitando o uso excessivo de aditivos, conservantes e embalagens. Além de ser melhor para nós, todo processo diminui o desperdício e o impacto ambiental.

O Sorvete artesanal tem textura mais cremosa e densa, com menos ar incorporado (35% em volume), menos gordura (6-9%) em comparação ao industrializado. Os sabores são mais intensos e equilibrados, sem ser excessivamente doce. Feitos diariamente com ingredientes frescos e de qualidade.

Além disso, todo empreendimento artesanal geralmente estabelece relações diretas com seus fornecedores, garantindo a procedência dos ingredientes e condições justas de trabalho. Isso promove a sustentabilidade social.

Ao produzir em menor escala, evitam o desperdício e se adaptam melhor às demandas locais. Isso contrasta com a produção em massa que gera mais resíduos.

As sorveterias artesanais resgatam e valorizam técnicas tradicionais de produção, preservando o conhecimento culinário. Isso contribui para a sustentabilidade cultural.

Já o Sorvete industrializado tem a textura mais leve e aerada, com mais ar incorporado durante o processo, possui maior teor de gordura para obter uma textura mais suave. Os sabores podem ser menos intensos e na maioria artificiais. São preparados em larga escala com antecedência e congelado até a venda, podendo conter mais aditivos. É um produto com foco comercial.

As 3 sorveterias artesanais de SJC por ordem de preferência

  1. Bocca Fredda Gelato

(Av. Heitor Villa Lobos, 626 – Vila Ema)

Uma sorveteria escondidinha, muitos passam sem ve-la, mas seu design com cara de Europa me chamou atenção e me levou até em um dia que andava a pé pela região. Inaugurada em 2020, localizada na Vila Ema, tem preocupação com a qualidade de cada produto utilizado na preparação dos gelatos que são feitos na própria loja artesanalmente.

Os valores que norteiam a Bocca Fredda Gelato incluem qualidade, diversidade, integridade, responsabilidade, inovação e paixão. Todos os ingredientes utilizados são naturais e escolhidos entre os melhores disponíveis no mercado. Os gelatos são preparados com leite, creme de leite e frutas frescas, enquanto as pastas de pistache, amêndoas, avelãs e outras são feitas artesanalmente na própria gelateria.

  1. Sapore Gelato Caffé

(Unidades no Aquarius, Vila Adyana, Colinas, Viela)

A segunda pra mim é a Sapore Gelato Caffé, ela foi inaugurada em 2019 com a visão de dois irmãos de criar uma sorveteria diferenciada. Motivados por uma paixão de longa data por sorvete e inspirados pela tradição italiana de fazer gelato fresco diariamente, os fundadores dedicaram-se a estudos e pesquisas. O resultado é uma sorveteria reconhecida por sua qualidade, variedade e sabores exclusivos.

  1. The Soft Italy

(R. José Bonifacio, 61 – Vila Ema)

The Soft Italy é uma rede de franquias especializada em Soft Gelato artesanal. Aquele sorvete de casquinha, agora artesanal e com sabores deliciosos.  

Os sorvetes de casquinha e milk shakes são feitos com creme de leite fresco, corantes e aromas naturais, além dos melhores ingredientes vindos de diferentes partes do mundo, como o pistache da Itália, doce de leite da Argentina, o blend de cacau, são utilizadas amêndoas peruanas e equatorianas, enquanto os blossoms de chocolate são fornecidos pela renomada Barry Callebaut, da Bélgica.

Os softs são servidos em casquinhas feitas com farinha de amêndoa, com sabores premium e acompanhados de uma bolachinha artesanal de amaretto. A The Soft Italy também oferece sabores inéditos, opções sem lactose, veganas e sem açúcar.

A história do sorvete

Fiquei curiosa e fui pesquisar.

A sua origem remonta a milhares de anos atrás na China. Há cerca de 3 mil anos, os cozinheiros do palácio real chinês disputavam para criar a receita mais saborosa, misturando neve das montanhas com suco de frutas. Essa foi uma das primeiras versões do sorvete.

No século I, o imperador romano Nero já apreciava uma mistura de neve, gelo transportado das montanhas e coberturas de frutas. No século 14, quando o famoso pesquisador veneziano Marco Polo voltou de sua viagem ao Oriente, ele trouxe uma receita para fazer sorvetes muito parecida com a atual.

A história do sorvete também está ligada à nobreza europeia. No século 16, a italiana Catarina de Médicis levou a iguaria para a França quando se casou com o rei Henrique II. Já no século 17, o termo “ice cream” (creme gelado) aparece em um documento da corte do rei da Inglaterra Carlos II.

O sorvete se popularizou ainda mais nos Estados Unidos a partir da segunda metade do século 19, com o surgimento da primeira máquina de fazer sorvete e os equipamentos e técnicas de refrigeração. Em 1851, o leiteiro Jacob Fussel abriu em Baltimore a primeira fábrica de sorvetes a produzir em grande escala.

No Brasil, a história começou em 1835, quando um navio americano chegou ao Rio de Janeiro com toneladas de gelo. Dois comerciantes compraram o carregamento e passaram a vender sorvetes de frutas. Até o final dos anos 1930, o sorvete era feito de forma artesanal no país. Em 1941, foi inaugurada a primeira indústria de sorvetes do Brasil, a U.S Harkson do Brasil, que viria a se tornar a Kibon.

Desde então, o sorvete evoluiu muito, com novos sabores, formatos e técnicas de produção. Mas uma coisa não mudou: o prazer de saborear essa delicia faça chuva ou faça sol!.

Variações do sorvete ao redor do mundo

O sorvete é uma sobremesa querida globalmente, mas em algumas culturas eles tem uma forma curiosa e diferenciada de preparar.

Kulfi – Índia

O sorvete indiano kulfi é moldado em formas cônicas e possui uma textura mais densa, devido à menor quantidade de ar incorporado durante o processo. Tradicionalmente, é feito cozinhando-se leite por horas até atingir uma consistência cremosa, que então é aromatizada com especiarias como pistache, açafrão ou cardamomo. Acredita-se que o kulfi tenha surgido pela primeira vez durante o domínio do Império Mogol no século XVI, sendo uma iguaria apreciada pela realeza.

Frozen Yogurt – Estados Unidos

Essa variação surgiu na costa leste dos EUA na década de 1970, mas só se popularizou amplamente nos anos 1980, quando a busca por alimentos mais saudáveis estava em alta.

O frozen yogurt é um sorvete feito à base de iogurte, com um teor reduzido de gorduras e açúcares. Pode ser consumido sozinho ou com uma variedade de coberturas e toppings.

Ais Kacang – Malásia e Singapura

O Ais Kacang é uma sobremesa típica da culinária malaia e singapuriana, feita com gelo raspado, leite condensado, gemas, feijão-vermelho e uma variedade de frutas em calda.

Booza – Oriente Médio

O Booza é um sorvete elástico e esticável, típico de países como Síria e Líbano. Sua textura única é obtida através do uso de goma de tragacanto e amido de milho na receita, além de ser aromatizado com mastic, uma resina extraída da árvore lentisco.

Essas são apenas algumas das inúmeras variações do sorvete ao redor do mundo, cada uma com seus próprios ingredientes, técnicas e tradições culinárias.

Os famosos gelatos italianos

A Itália ficou famosa mundialmente pelo seu gelato devido a uma combinação de fatores históricos, culturais e de qualidade na produção dessa sobremesa gelada.

Desde o século XVI, relatos mencionam o consumo de sorvetes e “sorbetti” na corte dos duques Médici em Florença. Acredita-se que o primeiro gelato tenha sido criado nessa época por alquimistas como Cosimo Ruggieri. Com a migração de confeiteiros italianos, as receitas se espalharam rapidamente pela Europa e além.

O gelato italiano se diferencia de outros sorvetes por conter menos gordura (6-9% de gordura do leite), menos ar incorporado durante o batimento (35% em volume) e mais sabor. Isso resulta em uma textura cremosa e densa, com sabores intensos e equilibrados, sem ser excessivamente doce.

Além da receita tradicional, o gelato italiano é feito com ingredientes frescos e de alta qualidade, como leite integral, açúcar e aromatizantes típicos como frutas, chocolate e nozes. Essa atenção aos ingredientes é um dos fatores que contribui para a reputação da Itália como referência mundial em gelato.

Nas décadas de 1920 e 1930, o gelato começou a ser vendido por vendedores ambulantes, tornando-se acessível ao público em geral.

Hoje, existem cerca de 39 mil gelaterias na Itália, movimentando 2 bilhões de euros por ano e empregando mais de 90 mil pessoas.

Gelatos artesanais inovam com sabores criativos, como Gorgonzola com nozes, Crema di Santa Fina (creme de açafrão com pinoli) e Champelmo (pompelmo rosa e espumante).

A história do gelato italiano evoluiu de uma sobremesa real no século XVI para uma iguaria popular e inovadora nos dias atuais, tornando-se um símbolo da culinária italiana apreciado em todo o mundo.

A popularização do sorvete nos Estados Unidos

O sorvete se espalhou pelos Estados Unidos a partir do século 19, tornando-se uma sobremesa querida e popular.

A primeira sorveteria comercial dos EUA foi aberta em 1776 em Nova York. Isso mostra que o sorvete já era consumido no país desde os primórdios da nação.

Uma das inovações icônicas do sorvete americano foi o surgimento do sorvete em casquinha em 1904, durante a Feira Mundial de St. Louis. Essa prática se espalhou rapidamente pelo país.

Outras invenções importantes foram o sorvete de massa dura (ice cream) em 1874 e o picolé em 1905. Essas versões mais densas e práticas do sorvete conquistaram o paladar dos americanos.

Em 1851, o leiteiro Jacob Fussel abriu em Baltimore a primeira fábrica de sorvetes a produzir em grande escala nos EUA. Isso permitiu que o sorvete se tornasse mais acessível a todas as classes sociais.

Outra contribuição americana foi transformar a produção de sorvete em uma ciência. Até então, as receitas eram feitas por tentativa e erro, mas a necessidade da grande produção americana exigiu o desenvolvimento de fórmulas exatas. Isso ajudou não só a indústria, mas a comunidade do sorvete como um todo.

Apreciando o Gelato

Na sua próxima saída para uma sorveteria, considere escolher uma artesanal. Assim você vai valorizar, não só o sabor que irá degustar, mas todo um belo ecossistema envolvido até o sorvete chegar até você. Por ser uma produção mais sustentável e justa.

Lembre-se que elas valorizam os ingredientes frescos e de qualidade, as técnicas tradicionais e as relações diretas com os fornecedores, contribuindo para a sustentabilidade social e cultural.

E em sua maioria, você estará entrando em um sonho realizado de alguém que investiu acima de tudo amor para criar.

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